As turmas do 8º ano abriram as três sessões com poemas ditos colectivamente. Vários alunos do 9º ano estiveram envolvidos na declamação de poemas destinados às turmas deste nível.
Além dos poemas previamente seleccionados pela declamadora foram, ainda, ditos por esta dois poemas da aluna Débora Costa da turma B do 8º ano.
Elsa de Noronha manifestou a sua alegria por voltar à nossa escola, a qual tinha visitado no ano de 1995, através da “Associação Regresso das Caravelas”.
Esta actividade, desenvolvida no âmbito do Plano Nacional de Leitura, teve como objectivo reforçar nos alunos o gosto pela poesia.
Alguns momentos:
Poemas de Débora Costa
O que é um irmão?
É uma alma que iguala a nossa,
um coração que nos vê
de maneiras diferentes.
É aquele que chateia mas ama.
Aquele que não entendes,
chateias,
mas amas.
É aquele que vai estar sempre connosco
venha lá o que vier!
O teu braço direito para tudo,
a tua alma gémea,
aquele que te entende
quando mais ninguém o faz.
E afinal, o que é ter um irmão?
Ter um irmão é ter uma companhia eterna,
é ter uma alma sempre contigo.
É ter o vazio da avareza do coração
preenchido pelo amor e ternura dum irmão.
Vão por mim meus amigos
ter um irmão,
é ter paz no coração!
Imaginação
Num papel
desenhei um ponto.
Desse ponto um pincel
e daí um conto.
Vi o mar e o céu
um mundo infinito.
Viajei num chapéu,
mas muito pequenito.
Abri as asas e voei,
fechei os olhos e imaginei.
Li o coração e amei,
compreendi a mente e sonhei.
Sonhei num mundo que era meu
um grão de areia no deserto.
Um todo igual ao teu
é certo.
Num papel
desenhei um ponto.
Desse ponto um anel
e casei um tonto.
Caso tudo que exista,
a menos que seja chantagista
ou vigarista.
Caso futebolistas e surfistas,
mágicos e músicos.
Caso rockeiros e fadistas,
modernos e clássicos.
Num papel
desenhei um ponto.
Assim começa,
assim termina.
Vou pôr as ideias da minha cabeça
de molho em agua cristalina.
Só depois de lavadas
poderei secá-las,
para ficarem preparadas
e só assim poderei decifrá-las.
Muitos sabem no que penso
pois já fizeram o censo.
Outros imaginam que sabem
para ver se me percebem.
Num papel
desenhei um ponto.
Desse ponto um novo papel
e nesse papel
outro ponto.
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